Demência: causas, sintomas e tratamento
- INB Neurologia da Bahia
- 21 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de abr. de 2023

O que é:
A demência é uma síndrome que se caracteriza pela deterioração progressiva das funções cognitivas, incluindo a memória, o raciocínio, a linguagem e as habilidades sociais, a ponto de interferir com as atividades de vida normais do paciente.
A demência não é uma doença em si, mas sim um termo que engloba um conjunto de sinais e sintomas neurológicos que podem ser provocados por diversas doenças neurodegenerativas diferentes, sendo a mais famosa delas a Doença de Alzheimer, que é responsável por mais de 60% dos casos.
Embora a demência torne-se mais comum à medida que as pessoas envelhecem – até metade dos indivíduos com mais de 85 anos tem algum grau dessa condição -, a doença de forma alguma pode ser considerada parte normal do envelhecimento. O ser humano pode viver perfeitamente até mais de 90 anos sem apresentar qualquer sinal de demência.
Em todo o mundo, cerca de 50 milhões de pessoas têm demência, sendo ela uma das principais causas de incapacidade e dependência entre as pessoas idosas. Na população acima de 60 anos, cerca de 5% tem critérios para o diagnóstico da doença.
O paciente idoso com demência é muitas vezes rotulado pela população leiga como esclerosado, gagá ou caduco. Esses termos são pejorativos e não devem ser utilizados para descrever o estado do paciente.
Como surge:
A demência é causada por danos às células cerebrais, impedindo a comunicação entre elas. Quando os neurônios não conseguem se comunicar normalmente, o pensamento, o comportamento e os sentimentos podem ser afetados.
O cérebro é dividido em várias regiões distintas, sendo cada uma das quais responsável por diferentes funções, tais como, memória, julgamento e movimento.
Diferentes tipos de demência estão relacionados a diferentes tipos de danos aos neurônios em distintas regiões do cérebro.
Por exemplo, na doença de Alzheimer, altos níveis de certas proteínas, principalmente beta amiloide e tau, acumulam-se entro e fora das células cerebrais causando sua degeneração e morte.
As células do hipocampo, região do cérebro que é o centro da aprendizagem e da memória, costumam ser as primeiras a serem danificadas. Por isso, a perda de memória é frequentemente um dos primeiros sintomas da demência da doença de Alzheimer.
A demência, portanto, costuma surgir sempre que há um processo degenerativo dos neurônios que impede a comunicação entre as células cerebrais e leva, a longo prazo, à atrofia e morte de tecidos do cérebro.
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